Logo que cheguei aqui em São Paulo e fui fazer as primeiras
compras da casa fiz questão de comprar várias poupas de frutas, para suco,
obviamente, e bananas pra vitamina. No dia seguinte de manhã já acordei com
vontade de tomar vitamina de banana e fui direto pra cozinha. Assim que entrei
me lembrei: ainda não tenho liquidificador! O que fazer com as poupas e as
bananas? Bom, as polpas podiam esperar mais no congelador, mas tinha que
descobrir alguma utilidade pras bananas. Fucei aqui, fucei ali, misturei uma
receita com outra e cheguei nessa torta. Muito boa mesmo, eu e Kiko ficamos
disputando cada fatia, tipo “o seu pedaço ta maior que o meu”. Dá pra comer
tanto quente como fria, mas eu preferi gelada. Se você tiver nojinho (que não
foi o meu caso) também vai preferir gelada, porque a aparência dela quente não
é nada bonita. Então tenha paciência, espere esfriar e coloque na geladeira
antes de comer, pra não desistir.
Primeiro a massa:
Misture numa tigela 1 xícara de farinha de trigo, ½ xícara
de açúcar e 100g de manteiga sem sal gelada cortada em cubinhos pequenos. É pra
parecer que está seca mas quando apertar é pra ficar grudado. Se você achar que
está muito seca coloque uma ou duas colheres de sopa de água gelada. Enrole
tudo com papel filme e coloque na geladeira por pelo menos meia hora.
Agora a banana caramelada:
Primeiro você vai fazer a calda de açúcar dissolvendo numa
panelinha 1xícara de açúcar com ½ xícara de água, fora do fogo, bem de
vagarzinho com cuidado pra não sujar as paredes da panela. Eu vi num programa
da GNT, Cozinha Prática, a mulher dizendo que a melhor forma era dissolver com
o dedo. Eu estava com paciência e fiz isso, até quase não sentir os grãos do
açúcar. Depois coloca no fogo médio sem mexer até ficar da cor característica do
caramelo. Se quiser ver a explicação da mulher aqui o link, e nesse aqui tem um vídeo que ela faz essa receita lá no finalzinho (ignore a parte do creme de leite). Calda pronta coloque, com muito cuidado pra
não se queimar, 4 ou 5 bananas cortadas em rodelas e mexa bem. Eu parei quando
já estava bem cremoso mas ainda com pedaços de banana, mas se quiser você pode
ficar mexendo até desmanchar tudo. Desligue o fogo e deixe esfriar.
Por último o creme:
Essa é uma variação desses cremes tradicionais de pavê que
eu só mudei umas coisas. Coloquei na panela 1 lata de leite condensado. O
ideal era misturar com o leite condensado 1 colher de maisena diluída em 2
latas de leite, mas eu não tinha maisena. E agora? Usei farinha. Fiquei com
medo de ficar um gosto ruim, por isso coloquei só 1/2 colher diluída em 1 lata
de leite. Agora no fogo misturei bem e coloquei 3 gemas peneiradas ligeiramente
batidas e fiquei mexendo até engrossar. Nas receitas que você encontra por aí
vão dizer pra nessa hora você colocar um pouco de essência ou extrato de
baunilha. Eu também não tinha isso, e até acho um pouco enjoado. Aí dei uma
olhada em volta da cozinha e vi uma garrava de Rum Captain Morgan. Perfeito!
Coloquei acho que uma dose e pra mim ficou ótimo, mas o gosto do rum ficou bem
forte, você talvez queira colocar menos. Sabe o que foi melhor? Sobrou essa xícara cheinha que eu comi depois com Nutella e quando a Nutella acabou eu comi
purinho. Mil e uma possibilidades de receitas com esse creminho.
Finalmente a montagem:
Aperte a massa por toda a forma, cubra com papel alumínio e
asse por uns 10 minutos no forno preaquecido. Coloque o creme e cubra com o
doce de banana. Você pode colocar marshmelow ou merengue por cima antes delegar
ao forno por mais uns 15 minutos, eu tentei fazer isso mas não acertei. Deve
ficar legal com chantilly ou sorvete também.